
A vida traz-nos desafios. Todos os dias.
Nesses momentos há quem diga que é a vida a “tramar-me”, que tudo corre mal, que os outros são estúpidos.
E às vezes, é mesmo isso tudo que parece. Quem nunca?
Mas há o outro lado. O outro lado é a forma como vivemos esses desafios.
Mesmo que seja a vida a “tramar-me” como é que eu lido com isso?
Mesmo que tudo corra mal, como é que eu dou a volta?
Mesmo que os outros sejam estúpidos, o que é que eu aprendo com eles?
Fico irritada, nervosa, triste, desesperada, apática, abandono-me, desisto, choro, grito, trato mal de mim, dos outros, digo palavrões, praguejo, vitimizo-me?
E depois?
Repito tudo isto em loop?
Ou… arregaço as mangas e recomeço, observo as minhas (re) ações, avanço, penso no que posso fazer diferente, olho para o que realmente aconteceu, responsabilizo-me pelo meu papel, perdoo, agradeço, aprendo?
E depois?
Noutra situação desafiante? O mesmo processo? O mesmo tempo em cada passo?
Não há respostas certas. Cada um está no seu ponto do caminho. Cada um usa as ferramentas que tem. Cada um faz o seu melhor.
A única coisa que faz este processo mudar (seja em que ponto for) é a consciência que temos de nós e dos nossos comportamentos.
Se ficarmos 2 dias na primeira fase e nunca chegarmos à segunda é diferente de ficarmos 5 minutos na primeira e passarmos logo para a segunda. A diferença entre uma e outra é sermos conscientes de onde estamos e para onde queremos ir. O passo seguinte vem naturalmente. Pode demorar 3 desafios ou pode demorar 100, mas chegamos sempre onde queremos.
Eu, dependendo do desafio, ainda passo uns minutos (às vezes dos grandes) no irritada acompanhado de um belo e sentido palavrão, depois passo para a busca da resposta a “o que é que tenho que aprender com isto?”. E quando esta resposta demora a chegar (porque esta pergunta é lixada), quem me conhece sabe que o desabafo é sempre “só quero aprender rápido para não passar por isto outra vez!”.
E agora, retirando a parte mental da equação, é fechar os olhos, deixar sentir cá dentro, ficar nesse sentir, ficar mais um bocadinho e depois procurar a nossa âncora, agarrá-la e confiar que vai passar.
E tu, como reages aos desafios da vida?